Cerca de 99% dos casos de câncer de colo de útero estão relacionados ao vírus – especificamente a alguns subtipos considerados de alto risco, alguns entre os mais de 60 existentes. A boa notícia é que é possível prevenir o contágio, tratar a infecção em estágio inicial, tratar lesões pré-malignas e, em casos especiais, estabelecer um acompanhamento mais rigoroso a partir da detecção precoce.
- Transmissão
A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Ao contrário do que muitos acreditam, o contágio não acontece com o uso de toaletes públicos ou roupas de outras pessoas – embora cuidados higiênicos sejam necessários em ambas as situações.
Estudos mundiais comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções será transitória. Isso porque o sistema imunológico é capaz de combater de maneira eficiente a infecção, alcançando em alguns casos a eliminação do vírus, principalmente entre as jovens.
- HPV e Câncer
A primeira evidência entre HPV e Câncer foi apresentada pelo pesquisador Herald zur Hausen, em 1974. Desde então, inúmeras pesquisas sustentam a ligação entre a infecção e tumores de colo de útero, colocando assim, as mulheres com HPV em risco 10 vezes maior para esse tipo de câncer que as demais.
Sabe-se hoje que praticamente todos os casos de câncer de colo de útero estão relacionados ao HPV. Mas isso não quer dizer que todos as mulheres infectadas por HPV terão câncer. Apenas os subtipos de HPV de alto risco estão relacionados à doença. E, depois, o câncer é multifatorial. Assim, além da infecção por Papilomavírus Humano, são necessários outros co-fatores: número elevado de gestações, tabagismo, uso de medicações imunossupressoras, HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, entre outros.
- Prevenção
O uso da camisinha reduz a possibilidade de transmissão do HPV na relação sexual - apesar de não evitar totalmente. Sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação. Há ainda a possibilidade de vacina - consulte seu médico.
- Identificação e Tratamento
Para o diagnóstico precoce é importante que toda mulher faça obrigatoriamente o exame papanicolau uma vez por ano, desde o início da vida sexual. O intervalo entre um exame e outro pode ser reduzido dependendo de alguns aspectos, tais como: presença de HPV, de lesões e determinados hábitos sexuais. Vale destacar que a maioria das infecções por HPV não apresenta sintomas (lesões ou verrugas). Diversas modalidades de tratamento estão disponíveis, entretanto, cada caso deve ser avaliado pelo médico asistente, que adotará a conduta mais adequada.
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